Francielle Maria Antônio Silva
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Bruno Leonardo Nascimento Dias
Universidade Federal de Juiz de Fora
Resumo simples publicado nos anais do I Congresso Brasileiro de Física: A Formação planetária, vem desafiando por muito tempo muitos pesquisadores, apesar de sabermos que o sistema solar existe por volta de 5 bilhões de anos. A origem do sistema solar ainda é motivo de pesquisa sem uma teoria completa sobre como se dá exatamente a formação de planetas terrestres. Essa questão hoje é ainda mais extensa devido aos inúmeros sistemas que vêm sendo descobertos, e assim teorias precisam ser ainda mais potentes para que se possa explicar de forma completa como se formam os sistemas planetários. Indiscutivelmente, todo esse conhecimento sobre formação de sistemas planetários se deve ao desenvolvimento tecnológico que impulsionou a Astronomia nos últimos anos. Contudo, inúmeros fatores ainda se conservam totalmente obscuros aos olhos das ciências planetárias. De forma interessante, desde a descoberta do primeiro exoplaneta, a observação desses novos sistemas planetários têm fortalecido os modelos de formação planetária no Sistema Solar e até revivido modelos que foram considerados improváveis no passado. Com a grande quantidade de exoplanetas descobertos e o grande número de candidatos, a questão que surge é com relação a habitabilidade desses novos sistemas planetários. De fato, um dos pontos mais interessantes da Ciência atualmente é pensar que Vida poderá ser encontrada fora da Terra nas próximas décadas. Neste contexto, hodiernamente, a busca por Vida fora da Terra tem sido feita em planetas que se encontrem na Zona de Habitabilidade de seus sistemas planetários. Em astronomia, uma zona habitável, é uma região do espaço ao redor de uma estrela onde o nível de radiação emitida pela mesma permitiria a existência de água líquida na superfície de um planeta/satélite natural. Destarte, um estudo sobre processo de formação de planetas terrestres em estrelas do Tipo K (anãs laranjas), pode nos fornece conceitos complementares e nos ajudar a construir uma ampla teoria de formação, conseguindo contribuir inclusive para teorias da formação do sistema solar. Questões referentes à possível existência de vida em ambientes de anãs laranjas aumentam ainda mais a necessidade de um melhor entendimento dos processos de formação de planetas nessas regiões estelares. Assim, neste projeto será estudado a formação e instabilidade de exoplanetas terrestres em Zona de Habitabilidade que estão orbitando estrelas anãs laranja detectadas pelo telescópio Hubble. Para isso será realizado uma pesquisa sobre quais são os possíveis sistemas planetários com exoplanetas de interesse. Segundamente, os dados de planetas e estrelas de interesse serão coletados para serem utilizados no software de simulação de Zona de Habitabilidade. Por fim, algumas simulações relacionadas a formação dos exoplanetas terrestres serão realizadas através do software Rebound para cada sistema escolhido, sendo avaliados os resultados para saber se são astrofisicamente condizentes com cenários científicos plausíveis. Dessa forma, espera-se obter dados sobre a composição estrutural dos sistemas de interesse, de forma a produzir dados informacionais que possibilitem entender a origem, formação e evolução desses sistemas planetários, principalmente, sobre os planetas terrestres em regiões de Zona de Habitabilidade de estrelas anãs laranjas.
Palavras-chave: Exoplanetas; Formação Planetária; Zona de Habitabilidade; Anã Laranja