Evelyn Christiny Marques Prais
Universidade Federal de Uberlândia
Monique França e Silva
Universidade Federal de Uberlândia
Melissa Naomi Takemori Barbosa
Universidade Federal de Uberlândia
Brenda Batalini Rodrigues
Universidade Federal de Uberlândia
Gustavo Foresto Brito de Almeida
Universidade Federal de Uberlândia
Lucio Pereira Neves
Universidade Federal de Uberlândia
Ana Paula Perini
Universidade Federal de Uberlândia
Resumo simples publicado nos anais do I Congresso Brasileiro de Física: Em nossa sociedade são notáveis as barreiras que as mulheres enfrentam na ciência, e a situação é ainda mais difícil na área de ciências exatas. Para muitas meninas frases como “mas isso é coisa de homem”, “mas esse curso é pra homem”, “mulher não pode fazer isso” e “meninas não fazem isso” são normais. Buscando diminuir estas atitudes misóginas, em 2018, na Universidade Federal de Uberlândia, um grupo composto por 3 alunas e dois professores criou o projeto Meninas da Física. Este projeto vem trabalhando com várias atividades voltadas ao público interno e externo à universidade com intuito de destacar a importância de grandes cientistas mulheres que temos e que tivemos na ciência, para que assim seus trabalhos possam ser reconhecidos e inspirar várias outras garotas. Além do combate à misoginia são abordados vários outros temas, como maternidade, mercado de trabalho, assédio sexual e virtual. O objetivo deste trabalho é discutir nossas ações e resultados com a comunidade científica. Várias atividades foram desenvolvidas no projeto desde 2018, como: roda de conversas, cine debate, dinâmicas como a Trilha da Radioatividade, onde realizamos um quiz de perguntas de uma forma bem interativa com diversos públicos para abordar alguns conceitos e marcos importantes sobre a radioatividade, participação em eventos internos e externos à UFU, produção de vídeos e post científico onde são abordados algum assunto sobre Física ou mulher na ciência, lives e minicursos com diversos temas em que o propósito é compartilhar conhecimento e levar discussões importantes e necessárias ao público, dentre outras atividades. Vale ressaltar que apesar do nosso projeto ser voltado a destacar o papel da mulher na ciência ele é aberto ao público sem exclusão de gênero, pois acreditamos que unindo esforços somos maiores. Em 2018, tivemos a oportunidade de participar do Programa “Embaixadores Nucleares” onde desenvolvemos diversas atividades com propósito de destacar as cientistas na área de física nuclear e abordar diversos conceitos relacionados a radiações ionizantes de uma forma benéfica a sociedade. Esta participação resultou no 2º lugar na classificação geral. Em 2019, com o sucesso das atividades desenvolvidas pelo projeto em 2018, nos tornamos um projeto de extensão registro do projeto na UFU (Registro SIEX nº 19909), e nossa equipe cresceu passando de 3 alunas para 50 sendo 4 coordenadoras e 46 colaboradoras sendo essas de diversos cursos da UFU. Em 2020, também recebemos um convite especial para participarmos do Simpósio de Mulheres em STEM que ocorreu nos dias 13 e 14 de março de 2020 em São José dos Campos onde apresentamos um pôster sobre o projeto e tivemos a oportunidade de estabelecer contato com tantos outros projetos incríveis. Ao longo de 2020 realizamos diversas lives com diversos temas. Hoje temos mais de 3000 seguidores em nossa rede social do Instagram, mais de 600 em nosso canal do YouTube, mais de 600 em nossa página do Facebook e um pouco mais de 200 em nossa conta do Twitter. Buscamos cada vez mais criar estratégias para melhorar o cenário das mulheres na ciência, sempre desenvolvendo atividades para alunos desde o Ensino Básico ao Superior, tudo isso com propósito de despertar novas cientistas, acolher e fortalecer cada vez mais mulheres e meninas que buscam se desenvolver na ciência.
Palavras-chave: misoginia; mulheres na ciência, meninas na física, divulgação científica, física